2° Lugar no projeto Saltando Muros 2013 - Brasil - Parceria Memorial da América Latina

Título do projeto: Alma do Cardoso

Técnica: fotografia analógica – película cromo médio formato

As imagens nesse “Alma do Cardoso” retratam alguns moradores da Vila Marujá, no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, em Cananeia, no extremo sul do litoral de São Paulo. Após a criação do Parque Estadual em 1962, os moradores que estavam ali há mais de 4 gerações e que conseguiram comprovar tal origem, puderam permanecer na ilha, porém sem a permissão para plantar ou criar animais, mesmo que para sua subsistência. Hoje as famílias, em grande parte de pescadores, buscam no turismo rudimentar a alternativa de renda. Ali não há energia elétrica que não através de geradores e é proibida qualquer tipo de construção que não as já registradas pelo Ibama e órgãos municipais de fiscalização no ato da criação do parque. A partir desse quadro, os moradores estão perdendo sua importante e forte carga cultural, transformando a auto estima dos jovens que não querem mais permanecer na Ilha e seguem para as cidades próximas (Cananéia, Pariquera-Açu, Registro), levando consigo a possibilidade de criação de novos espaços de vivência cultural na Ilha.
O objetivo da fotografia aqui é permitir a manutenção documental de antigos fazeres da cultura caiçara para servir como instrumento de discussão e, dessa forma, recriar espaços de diálogo com as alterações socioculturais que ocorrem ali.
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“Las imágenes en Alma do Cardoso retratan a algunos habitantes de Vila Marujá, en el Parque Estatal de la Isla do Cardoso, en Cananeia, en el extremo sur del litoral de San Paolo. Después de la creación del Parque Estatal, en 1962, los habitantes que allí estaban desde hacía más de cuatro generaciones y que lograron probar su origen, pudieron permanecer en la isla, pero sin el permiso para plantar o criar animales, ni siquiera para su subsistencia. Hoy en día las familias, en gran parte pescadores, encuentran en el turismo rudimentario una alternativa de renta. Allí la energía eléctrica llega a través de generadores y está prohibido cualquier tipo de construcción que no sean las autorizadas por el Ibama y otros órganos municipales de control en el momento de la creación del parque.
Partiendo de este panorama, los habitantes están perdiendo su importante y fuerte carga cultural, transformando la autoestima de los jóvenes, que no quieren seguir en la isla y se marchan para las ciudades más próximas (Cananéia, Pariquera-Açu, Registro), llevándose con ellos la posibilidad de creación de nuevos espacios de vivencia cultural en la Isla. El objetivo de la fotografía, en este caso, es permitir el mantenimiento documentado de antiguos haceres de la cultura caiçara para servir de instrumento de discusión y así recrear espacios de diálogo con las alteraciones socioculturales que allí ocurren”.

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